quarta-feira, 27 de julho de 2011

Já li

SKLOOT, Rebecca, A Vida Imortal de Henrietta Lacks. São Paulo : Companhia das Letras, 2011.

Seu nome era Henrietta Lacks, mas os cientistas a conhecem como HeLa. Descendente de escravos, era uma pobre lavradora de tabaco do sul dos Estados Unidos. Essa mulher simples, mãe de cinco filhos, jamais imaginaria, entretanto, que suas células – coletadas sem seu consentimento – se tornariam uma das ferramentas mais importantes da medicina moderna. As primeiras células humanas mantidas em cultura – as células HeLa – continuam vivas até hoje, embora a doadora involuntária, vítima de câncer cervical, esteja morta há mais de sessenta anos e seja praticamente desconhecida do grande público. A linhagem HeLa deu origem a uma indústria multimilionária, mas os Lacks nunca se beneficiaram desses lucros. Contudo, as células tiveram importante participação em avanços da ciência e da medicina, tais como a vacina contra a pólio, quimioterapia, clonagem, mapeamento de genes, fertilização in vitro, além de ter voado nas primeiras missões espaciais para a pesquisa do que aconteceria com células humanas em gravidade zero. Atualmente, há mais células HeLa distribuídas por laboratórios do mundo todo do que a finada Henrietta tinha em todo seu corpo quando viva.