quarta-feira, 27 de julho de 2011

Já li

SKLOOT, Rebecca, A Vida Imortal de Henrietta Lacks. São Paulo : Companhia das Letras, 2011.

Seu nome era Henrietta Lacks, mas os cientistas a conhecem como HeLa. Descendente de escravos, era uma pobre lavradora de tabaco do sul dos Estados Unidos. Essa mulher simples, mãe de cinco filhos, jamais imaginaria, entretanto, que suas células – coletadas sem seu consentimento – se tornariam uma das ferramentas mais importantes da medicina moderna. As primeiras células humanas mantidas em cultura – as células HeLa – continuam vivas até hoje, embora a doadora involuntária, vítima de câncer cervical, esteja morta há mais de sessenta anos e seja praticamente desconhecida do grande público. A linhagem HeLa deu origem a uma indústria multimilionária, mas os Lacks nunca se beneficiaram desses lucros. Contudo, as células tiveram importante participação em avanços da ciência e da medicina, tais como a vacina contra a pólio, quimioterapia, clonagem, mapeamento de genes, fertilização in vitro, além de ter voado nas primeiras missões espaciais para a pesquisa do que aconteceria com células humanas em gravidade zero. Atualmente, há mais células HeLa distribuídas por laboratórios do mundo todo do que a finada Henrietta tinha em todo seu corpo quando viva.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Já li

PINKER, Steven - Tábula Rasa - São Paulo : Companhia das Letras, 2004
          Neste livro, Pinker mergulha no espinhoso debate sobre "natureza versus criação" e constrói uma síntese primorosa do pensamento científico atual a respeito da natureza humana. Para tanto, convoca um vasto exército de aliados intelectuais – de Darwin e Kat a Shakespeare, Emily Dickinson e até os personagens de cartum Calvin e Haroldo –, e parte para a briga munido das poderosa armas da ciência cognitiva, da psicologia evolutiva, da genética comportamental e da neurociência. Sua missão é desbancar três dogmas ferrenhamente defendidos por pensadores de esquerda e de direita: a idéia de que a mente do recém-nascido é uma tábula rasa a ser preenchida pelos pais e pela sociedade, a concepção de que o homem em seu estado primitivo é um bom selvagem e a crença de que uma alma imaterial dotada de livre-arbítrio é a única responsável pelas ações do indivíduo.